Você tem vergonha de dançar em público? Pois é, eu tinha…

♥ Você tem vergonha de dançar em público? Vamos pensar juntas porque isso deve estar acontecendo?

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É inegável os benefícios que a dança do ventre trouxe e continua trazendo pra minha vida. Quando comecei a praticá-la, eu era uma pessoa muito fechada. Costumo dizer que era um “bichinho do mato”. Não era de ficar na aula depois do horário, não era de papo, não perguntava muito.

Olhando pra trás e analisando o que eu fazia e sentia, posso atribuir meu comportamento à “vergonha”.

Eu era extremamente tímida e tinha convicção de que estava na aula só por prazer e “nem pensar em me apresentar”.

Posso dizer que hoje em dia é beeeem diferente! (quem me conhece sabe que às vezes tem que pedir para eu parar de falar!)

Uma das coisas que a dança me proporcionou foi expansão em vários níveis. Estar aberta e me comunicar bem com os outros foi um exemplo disso.

Mas no início não era bem assim. Eu tinha vergonha, aliás…muita!

Vergonha de perguntar, de dançar, de expor meu corpo etc e muitas vezes eu até nem contava que fazia dança.

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♥ “Nem pensar em me apresentar!”

Quando me matriculei na dança do ventre já estávamos na metade do ano.

Quem está envolvida nesse meio sabe que as escolas tem o costume de fazer uma “festa de encerramento”.  

Portanto, em poucos meses, iniciaríamos o estudo de uma coreografia para apresentarmos na festa da escola.

Mas essa hipótese não passava pela  minha cabeça.

O engraçado é que TODAS as outras alunas queriam se apresentar e eu não entendia porque ELAS eram diferentes! (oi?)

Sei que minha professora queria muito que eu dançasse e fez de tudo pra isso acontecer.

Sabe quando você apresenta vários problemas como desculpa e sua professora tenta sempre solucionar?

Eu: “Poxa, não vai dar pra dançar. Não tenho roupa”.

Prof: “Eu te empresto!”

Eu: “Poxa, não vai dar pra dançar. Não vou poder ir ao ensaio”.

Prof: “ Eu te ajudo depois da aula!”

Mesmo assim não teve jeito.

Estava eu lá, na festa, mas como espectadora. A sensação foi estranha ao ver minhas colegas de turma entrarem para dançar. Eu sabia toda a coreografia e enquanto elas estavam no palco, eu internamente dançava junto. Mas sabe o que é o mais triste?  É que eu queria muuuuuuito estar lá com elas, mas infelizmente não tinha coragem. A vergonha era maior, era minha trava.

Depois que passei a me apresentar e hoje, como professora, entendo perfeitamente algumas situações:

  • 90% das alunas que tive quiseram se apresentar sim!
  • As apresentações são super importantes para o desenvolvimento na dança.
  • Assim como minha professora, hoje eu faço o que posso para uma aluna não deixar de dançar já que sei a importância desse momento para ela.
  • A maioria das pessoas tem vergonha mas superam esse desafio.

♥ O que a vergonha pode fazer com você?

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Nesse dia em que não consegui dançar e fiquei vendo minhas colegas de longe, eu senti como se tivesse perdido uma batalha interna. Eu acredito muito que a vergonha tenha a ver com o medo de se expor e muitas pessoas passam por essa situação, mas a questão é:

O que você já deixou de fazer por causa disso?

O que realmente te faz ter essa sensação?

As vezes deixamos passar várias oportunidades por causa do medo, que é um sentimento negativo, e nem sempre entendemos porque isso acontece. Por isso, acho super válido parar um pouquinho para fazer uma auto análise. O que você sente? Insegurança? Você não se acha bom o suficiente? Você é perfeccionista? Você quer aprovação dos outros?

Esses ou outros motivos podem ser a causa da sua trava. Perceba o que acontece com você quando esse sentimento está presente. Que sensações vem à tona? A que outras histórias vc as remete?

Eu não sou psicóloga, mas esses questionamentos me ajudaram a entender melhor meu comportamento.

Portanto, se isso te incomoda, é fundamental que você procure a causa e tente superá-las, pois a vergonha pode estar impedindo o seu sucesso.

Você já passou por essa situação? Ou sempre foi natural para você estar diante do público?

Comente e compartilhe!

Isso pode ajudar pessoas que passam pela mesma situação a não se sentirem impedida de dançar!

E a história continua no próximo post…

Marcele Hannaan

 

“O que é ser livre? É não termos vergonha de sermos quem somos.”

Nietzsche

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2 Comentários


  1. Olá querida Marcelle. Olha que assunto legal esse viu. Até comentei lá no face, acho super interessante tratarmos sobre essa questão que atinge a todas nós bailarinas de alguma forma , em algum momento. Algumas mais outras menos, mas o que não pode acontecer é desistir de tentar. A gente treme , soa, tem uma tempestade interior quando está no palco e mesmo assim tentamos passar para o público leveza, harmonia e encantamento com a dança que eles estão assistindo. Quem quer verdadeiramente, fará um esforço para se descobrir onde pode trabalhar no intuito de vencer essa barreira. Grande bjo linda. Amei a matéria!💖😘💗💕🙏💋👏👏👏👏👏

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  2. Oi Jack! Exatamente! Desistir nunca! O nervosismo é até normal, mesmo com anos de dança, mas a vergonha não pode impedir a gente de dançar. Acho que antes de tudo temos que pensar que somos um canal. É através da dança que levamos alegria e encantamento(como você disse) ao público. O nosso amor pela dança deve ser maior que nossos medos!!! Grata pelo comentário e super beijos!

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